Ultimamente discuti exaustivamente o tema "Diversidade, Igualdade de Género, Inclusão Social e Combate à Discriminação".
Foi um debate interessante e riquíssimo, nomeadamente quanto à troca de ideias, experiências, conhecimentos, etc.
É um tema com bastante "sumo" e tem, de facto, muito por onde pegar. Daí as horas horas e horas a debater, umas vezes sobre assuntos interessantes, outras vezes sobre coisas inúteis e meros pormenores técnicos.
Surgiram, no entanto, alguns aspectos que me irritaram um pouco. Um deles é o extremo em que alguns de nós começam a cair. Abomino qualquer tipo de comportamento discriminatório e julgo ser uma pessoa de "mente aberta". Mas acho que para combater esses comportamentos devemos optar por medidas concretas e decisivas, e não por "picuinhices" irrelevantes e que acabam por cair no ridículo.
Vou dar um exemplo, e sei que muitos não concordarão e serei "cruxificada" e outros estarão de acordo comigo: a linguagem portuguesa é "machista". Quando o digo refiro-me ao facto do "todo" ser sempre referido em masculino: numa plateia constituída por homens e mulheres usa-se o masculino para dizer, p.ex., "os que estão aqui na plateia", ou, "olá a todos".
Ora eu discordo quanto a isto: "olá a todos e a todas", "por favor levantem-se todos e todas" e por aí fora. Acho mesmo ridículo e creio mesmo que não é DE TODO por aí que vamos acabar com a diferença entre géneros. Não acho. Mesmo. Acho que é mais uma daquelas picuinhices, pormenores ridículos criados por quem não teve uma ideia brilhante para acabar com a desigualdade e então para não se sentir frustrado teve essa ideia e acusa de discriminatório quem não coloborar e concordar com essa opção. Não faz sentido e recuso-me, como recusei, a usar essa terminologia. Pode ser que daqui uns anos seja adoptada "oficialmente". Pode ser até que daqui a uns anos mude de ideias. Entretanto, vou achando essa medida inútil, ridícula e um atentado à"santa" objectividade na busca de propostas concretas para o combate à discriminação e desigualdade.
Refiro-me à santidade da objectividade porque este fim de semana foi característica muito minha. Estranho é ouvir pessoas dizerem-me: "credo... vê-se mesmo que és de Direito!!" e outras coisas bonitas como "És de Direito? Nota-se imenso na maneira como escreves.. vê-se mesmo que adoras o que fazes!"
E eu fico: what tha fuck?!??!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!
Pronto... era mesmo só isto que tinha que desabafar! Obrigada a quem leu :)