segunda-feira, 25 de maio de 2009

Coisas que devo dizer, sob pena de me passar da cabeça!

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Ultimamente discuti exaustivamente o tema "Diversidade, Igualdade de Género, Inclusão Social e Combate à Discriminação".

Foi um debate interessante e riquíssimo, nomeadamente quanto à troca de ideias, experiências, conhecimentos, etc.

É um tema com bastante "sumo" e tem, de facto, muito por onde pegar. Daí as horas horas e horas a debater, umas vezes sobre assuntos interessantes, outras vezes sobre coisas inúteis e meros pormenores técnicos.

Surgiram, no entanto, alguns aspectos que me irritaram um pouco. Um deles é o extremo em que alguns de nós começam a cair. Abomino qualquer tipo de comportamento discriminatório e julgo ser uma pessoa de "mente aberta". Mas acho que para combater esses comportamentos devemos optar por medidas concretas e decisivas, e não por "picuinhices" irrelevantes e que acabam por cair no ridículo.

Vou dar um exemplo, e sei que muitos não concordarão e serei "cruxificada" e outros estarão de acordo comigo: a linguagem portuguesa é "machista". Quando o digo refiro-me ao facto do "todo" ser sempre referido em masculino: numa plateia constituída por homens e mulheres usa-se o masculino para dizer, p.ex., "os que estão aqui na plateia", ou, "olá a todos".

Ora eu discordo quanto a isto: "olá a todos e a todas", "por favor levantem-se todos e todas" e por aí fora. Acho mesmo ridículo e creio mesmo que não é DE TODO por aí que vamos acabar com a diferença entre géneros. Não acho. Mesmo. Acho que é mais uma daquelas picuinhices, pormenores ridículos criados por quem não teve uma ideia brilhante para acabar com a desigualdade e então para não se sentir frustrado teve essa ideia e acusa de discriminatório quem não coloborar e concordar com essa opção. Não faz sentido e recuso-me, como recusei, a usar essa terminologia. Pode ser que daqui uns anos seja adoptada "oficialmente". Pode ser até que daqui a uns anos mude de ideias. Entretanto, vou achando essa medida inútil, ridícula e um atentado à"santa" objectividade na busca de propostas concretas para o combate à discriminação e desigualdade.

Refiro-me à santidade da objectividade porque este fim de semana foi característica muito minha. Estranho é ouvir pessoas dizerem-me: "credo... vê-se mesmo que és de Direito!!" e outras coisas bonitas como "És de Direito? Nota-se imenso na maneira como escreves.. vê-se mesmo que adoras o que fazes!"

E eu fico: what tha fuck?!??!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!

Pronto... era mesmo só isto que tinha que desabafar! Obrigada a quem leu :)

4 comentários:

silk disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
silk disse...

Eu começo por dizer que adorei a experiência mas, de facto, e cm sabes pq eu o disse 30 mil vezes, tb acho isso um exagero, UM ABUSO.
E nem vou argumentar porque n vale a pena.

E sim, adorei qd eu estava a debatr as medidas q deviam ser tomadas e alguem disse: ai este debate entre gente de psicologia e gente de direito é msm engraçado. Eu mantenho a minha: é preciso regras!!!

RdS disse...

eu acho que a menina precisa de aprender umas quantas coisas sobre feminismo, igualdade de género, transversalidade e evolução linguística...

ofereço de boa vontade lições de história e enquadramento político-social para qualquer dos temas. :)

cumprimentos a tod@s! ;)

tiagolessa disse...

isso é, claramente, uma palhaçada. a língua portuguesa tem regras relativamente ao uso do plural quando engloba ambos os géneros, que por acaso até é o uso do masculino. mas isso é ser machista...? é ridículo. mas mais ridículo foi aquele exemplo que foi dado de quando foi dito "o governo é surdo" e surgiu alguém a dizer que isso era discriminação às pessoas que sofrem de problemas auditivos... acho que o problema é que as pessoas não sabem usar a sua própria língua, neste caso, não fazem ideia do que é uma metáfora.