Hipátia de Alexandria

Pormenor do fresco "A Escola de Atenas" de Rafael

Foi a primeira grande matemática de que se tem conhecimento. Equiparada a figuras como Ptolomeu, Hipátia era uma mente brilhante da sua época que solucionava os problemas matemáticos que lhe eram colocados por vários alunos e filósofos enquanto mantinha as suas funções de Directora da Academia onde fez os seus estudos, em Alexandria. Chegou ainda a inventar alguns instrumentos, como o astrolábio.

Foi brutalmente assassinada pelos seguidores de São Cirilo e lapidada. Posteriormente o seu corpo foi lacerado com conchas de ostra, ou cacos de cerâmica (as versões variam). Os seus membros ensanguentados foram exibidos nas ruas. A tragédia de Hipátia foi ter vivido numa época de luta entre o paganismo e o cristianismo que, na sua época, se tentava apoderar dos centros importantes que existiam. A partir do desaparecimento de Hipátia, nada mais seria produzido por um período mil anos e por cerca doze séculos nenhum nome de mulher matemática foi registrado.

Mais uma vez, não é por acaso que não nutro grande simpatia (não senhora..) pela Igreja Católica.

Conheci a história de Hipátia enquanto observava atentamente o fresco de Rafael "A Escola de Atenas" (um dos meus favoritos, por sinal). Intrigava-me aquela personagem feminina (único elemento do sexo feminino num quadro repleto de homens) toda vestida de branco e sendo a única (a par do próprio pintor Rafael, que também aparece no quadro) a fixar o nosso olhar. Fiquei curiosíssima e resolvi investigar. Nada que o fantástico Google não resolva! Fica então esclarecido o mistério e aproveito para vos dar a conhecer um pouco a história desta personagem que sempre me cativou.